Leishmaniose cutânea difusa
Jackson M.L. Costa, et al.
Gaz. méd. Bahia 2009;79 (Supl.3):16-24
LEISHMANIOSE CUTÂNEA DIFUSA (LCD) NO BRASIL APÓS 60 ANOS DE SUA PRIMEIRA DESCRIÇÃO DIFFUSE CUTANEOUS LEISHMANIASIS (DCL) IN BRAZIL AFTER 60 YEARS OF YOUR FIRST DESCRIPTION
Jackson M.L. Costa1, Af Ali Uthant M.L. Costa2, Ana Nilce Elkhoury3, Ana Célia R. Bezerril4, Aldina Barral1, Ana Cristina R. Saldanha1 1 Centro de Pesquisas Goncalo Moniz – Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ-Bahia, Brasil; 2Núcleo de Patologia Tropical e Medicina Social da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Brasil; 3 Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde do Brasil, Brasilia, DF, Brasil; 4Secretária de Saúde do Estado do Maranhão – SESMA, Maranhão, Brasil.
A leishmaniose cutânea difusa (LCD) é uma forma rara da leishmaniose tegumentar (LT), descrita em alguns países da América e África. No continente americano é causada pelo complexo Leishmania (Leishmania mexicana, L. pifanoi, L. amazonensis), transmitida no Brasil pelo Lutzomyia flaviscutellata. Realizou-se um estudo retrospectivo dos casos relatados de LCD no Brasil desde 1945 (1ª descrição), com o objetivo de avaliar a doença em nosso país. Foram estudados quarenta casos provenientes dos seguintes estados: Maranhão 16 (40%); Pará 8 (20%); Bahia 5 (12,5%); Mato Grosso 4 (10%); Tocantins 2 (5%); Acre 1 (2,5%); Amapá 1 (2,5%); Amazonas 1 (2,5%); Espírito Santo 1 (2,5%) e Pernambuco 1 (2,5%). A proporção entre masculino/feminino foi 2,4:1, média de idade 24 anos (6↔75 ↔ anos), a faixa etária de maior comprometimento foi de 11↔30 anos (47,5%). As apresentações clínicas mais prevalentes ↔ foram: nódulos (81%), placas infiltradas (67,6%), úlceras (40,6%), tubérculos (46%), havendo predomínio nos membros inferiores e face (67,7%), e membros superiores (61,3%). Em 14 (35%) pacientes houve comprometimento mucoso, (um caso da perfuração septal). Exames laboratoriais: esfregaço/Leishmania realizado e (+) em todos os casos, intradermorreação de