Pedagogia
Karla Hansen
Aluna Camila Bento, visão mono-ocular, com seus colegas de turma da professora Andea, 3ª série do ensino fundamental
Na última sexta-feira, dia 1º, estivemos conversando com a professora Roseni Silvado Cardoso, responsável pela Coordenação de Educação Especial (CDEE) da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. É uma equipe pequena que faz um trabalho de fôlego. A CDEE ocupa uma sala da Diretoria Geral de Planejamento da Secretaria, no 29º andar, o último do edifício nº 5 da Rua da Ajuda, no Centro do Rio, também conhecido como o "Banerjão". A prioridade da coordenação é capacitar os professores das 29 regiões do estado.
Há 30 anos trabalhando com Educação Especial, a professora Roseni coordena desde 1999 a CDEE. Roseni falou ao Portal sobre os projetos e ações desenvolvidas por sua equipe em parceria com outras instituições. No Estado do Rio, há 4.478 alunos com necessidades especiais, segundo dados do Censo Escolar de 2002, nos níveis de educação infantil, ensino fundamental e médio.
O que são necessidades educacionais especiais?
Tem gente que ainda não entende o que é isso e teme usar a palavra "deficiente", como se já houvesse um preconceito contra a palavra. Na verdade, quando falamos em necessidades educacionais especiais estamos nos referindo a um leque de pessoas com características muito diferentes. Estamos falando do cego, do surdo, do deficiente mental, do deficiente físico, das condutas típicas (autismo, hiperativismo etc.). Mas todos eles fazem parte de um mesmo contexto, o dos alunos com acentuada dificuldade de aprendizagem. É por essa acentuada dificuldade de aprendizagem que esses alunos necessitam de uma educação diferenciada, de uma educação especial, daí "necessidades educacionais especiais".
E os alunos que apresentam acentuada dificuldade de aprendizagem e não são deficientes?
Existem muitos alunos na rede estadual de ensino que apresentam