pedagogia
Quanto mais motivadora e divertida for a interação, maior a chance da pessoa com autismo permanecer espontaneamente na atividade conosco. Ao construirmos a interação, procuramos ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por nossa ação. Oferecemos com empolgação alguma ação divertida baseada nas motivações e interesses da criança, daí o nome “ação motivadora”. Então se a criança gosta de música, por exemplo, nós podemos cantar, dançar e tocar algum instrumento musical. Se ela gosta de pular, nós podemos oferecer ajuda para ela pular na bola de fisioterapia.
Quando a criança já estiver altamente motivada por nossa ação, começamos a solicitar algo desafiador para ela. Por exemplo, o adulto faz cócegas (ação motivadora) várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, este adulto solicita algo desafiador para ela (o papel da criança na brincadeira), como falar uma palavra isolada ou uma sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou performance física específica, etc.
No momento em que a pessoa com autismo está altamente motivada por uma ação do adulto que a acompanha, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca com um outro ser humano! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir