Pedagogia Do Feminino

Resenha sobre o texto “A Pedagogia do feminino” de Alice Inês de Oliveira e Silva
Disciplina: Antropologia cultural – DPE 106
Carla Cristina Almeida Teixeira – matricula – 1935

O texto de Alice Inês de Oliveira e Silva retrata uma parte de uma pesquisa sobre a construção social das mulheres de prendas domésticas ditas de “elite” de uma cidade do interior mineiro, ela destaca que os rituais femininos se constituirão para uma camada social, em espaços pedagógicos de aquisição de uma competência: a de ser mulher de “elite”.
A coroação de nossa senhora é instituída em Minas Gerais pelas igrejas no mês de maio, e se torna um símbolo identificado como pureza, vista como ideal feminino, e também, onde se evidencia a manipulação de signo de status, o capital simbólico e o investimento familiar que é feito nessa construção social. No cortejo à frente se se destacam as meninas que tomarão parte efetiva da cerimônia; a carregadeira fará a entrega dos objetos rituais ao padre que aguarda de frente ao altar, este por sua vez repassará os objetos às meninas incumbidas da oferta naquela noite. Quando começa o canto da coroação as meninas colocam a coroa sobre a cabeça da imagem depois todos os anjos jogam pétalas de flores, e na despedida descem as escadas e se dirigem ao salão paroquial, onde são distribuídos os brindes que variam de acordo com o poder aquisitivo das famílias das coroadeiras.
A cerimônia da coroação é feita em todo o mês de maio, porém a data escolhida pelas mães são as privilegiadas, sendo preciso marcar até com um ano de antecedência, e o ultimo dia de festa é feita por três meninas que estão se despedindo do ritual, ou seja, não mais coroarão. O dia da coroação é de intensa mobilização familiar, todos os parentes e amigos mais próximos deverão estar presentes, pois demonstra consideração para com a mãe da menina que está coroando. A vestimenta do anjo marca para a sociedade o que a família quer representar, é uma exibição de luxo, em termos da elite