pedagogia carceraria

5917 palavras 24 páginas
PRÁTICAS DE RESSOCIALIZAÇÃO NO CENTRO DE RECUPERAÇÃO REGIONAL DE CAMETÁ.
Edilma Pinheiro Dias
Marineide Rodrigues Freitas Batista
Josivane Gomes da Cruz
Zenaide Leão Batista
Resumo
O presente artigo vem, portanto abordar a realidade da casa penal, Centro de Recuperação Regional de Cametá - CRRCAM, buscou-se identificar e compreender as práticas educativas existentes, que visam à recuperação e reinserção desta população. A pesquisa baseou-se na abordagem qualitativa, uma observação tanto da rotina como da aplicação de um dos projetos educacionais executados pela instituição, assim como entrevistas semiestruturadas, a pesquisa analisa as práticas de ressocialização que ocorrem na CRRCAM, as práticas educativas evidenciadas e que pedagogia deveria estar sendo desenvolvida nesse espaço, que visam o reeducação e reintegração dos indivíduos internados, de modo a despertar nestes o exercício da cidadania assim como reabilitá- lo para o convívio social.

Palavras-chave: pedagogia social, ressocialização, cárcere, liberdade.

1. INTRODUÇÃO:
Nem sempre o cárcere ou encarceramento foram adotados como forma de punição, para os que infringiam a lei ou as regras da sociedade. No séc. XVII, por exemplo, as punições eram aplicadas de maneira extremamente violentas, e eram executadas em praças para que todos pudessem ver, pois tinham o intuito de ostentar a força e soberania dos monarcas, detentores do poder da época. No sec. XIX as punições assumiram dois caráteres: o de punir e o de educar. Estes ocorriam através do isolamento, que privava o ser humano do convívio social, fazendo com que este pudesse refletir sobre a gravidade de seus atos. O trabalho no espaço carcerário também era um aspecto adotado neste contexto, pois neste o penitenciário teria o seu desenvolvimento pessoal, tendo em vista que o trabalho seria um agente de transformação do recluso, enquanto individuo, e por último a modulação de sua pena, que consistia na observação e acompanhamento do detento,

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