pedagogia carceraria
Edilma Pinheiro Dias
Marineide Rodrigues Freitas Batista
Josivane Gomes da Cruz
Zenaide Leão Batista
Resumo
O presente artigo vem, portanto abordar a realidade da casa penal, Centro de Recuperação Regional de Cametá - CRRCAM, buscou-se identificar e compreender as práticas educativas existentes, que visam à recuperação e reinserção desta população. A pesquisa baseou-se na abordagem qualitativa, uma observação tanto da rotina como da aplicação de um dos projetos educacionais executados pela instituição, assim como entrevistas semiestruturadas, a pesquisa analisa as práticas de ressocialização que ocorrem na CRRCAM, as práticas educativas evidenciadas e que pedagogia deveria estar sendo desenvolvida nesse espaço, que visam o reeducação e reintegração dos indivíduos internados, de modo a despertar nestes o exercício da cidadania assim como reabilitá- lo para o convívio social.
Palavras-chave: pedagogia social, ressocialização, cárcere, liberdade.
1. INTRODUÇÃO:
Nem sempre o cárcere ou encarceramento foram adotados como forma de punição, para os que infringiam a lei ou as regras da sociedade. No séc. XVII, por exemplo, as punições eram aplicadas de maneira extremamente violentas, e eram executadas em praças para que todos pudessem ver, pois tinham o intuito de ostentar a força e soberania dos monarcas, detentores do poder da época. No sec. XIX as punições assumiram dois caráteres: o de punir e o de educar. Estes ocorriam através do isolamento, que privava o ser humano do convívio social, fazendo com que este pudesse refletir sobre a gravidade de seus atos. O trabalho no espaço carcerário também era um aspecto adotado neste contexto, pois neste o penitenciário teria o seu desenvolvimento pessoal, tendo em vista que o trabalho seria um agente de transformação do recluso, enquanto individuo, e por último a modulação de sua pena, que consistia na observação e acompanhamento do detento,