Pecuária de corte ambientalmente correta
No momento em que o mundo se reúne para discutir o futuro do clima no planeta e as atenções de bilhões de espectadores se voltam para o encontro dos países signatários da convenção marco sobre mudança climática - que aconteceu entre os dias 07 e 18 de Dezembro de 2009, em Copenhague (Dinamarca), muitas são as perguntas em torno dos reais motivos que levam ao aquecimento global e o que de fato pode ser feito para freá-lo. A questão central neste debate, que já atravessa décadas, e que infelizmente para o planeta muito pouco avançou em termos de ações efetivas para a redução das emissões de gases do efeito estufa, não é retornarmos ao tempo da caça às bruxas em busca dos culpados, que são muitos, mas tentarmos uma solução razoável que permita que o progresso avance, sem que a estabilidade do planeta seja colocada em risco. Digo isso porque recentemente foi a vez da pecuária de corte ser colocada na berlinda pelos ambientalistas, que afirmam ser boi o grande responsável pela emissão de gás metano na atmosfera. Dono de um rebanho bovino de 190 milhões de cabeças, sendo que 90% delas ainda são criadas em regime extensivo, a pasto, a pecuária brasileira tem sim motivos para se preocupar, uma vez que o mundo não quer mais consumir produtos de origem animal que não venha de fontes sustentáveis, que respeitem ao mesmo tempo as pessoas, o meio ambiente e a legislação vigente. O gás metano (CH4) é produzido pelos microrganismos presentes no rúmen de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, durante o processo da digestão da fibra e açúcares solúveis da dieta. No caso específico dos bovinos, a eliminação desse gás para o ambiente ocorre pela eructação (gases por via oral) e flatulência (gases intestinais), processos considerados indesejáveis não apenas pelo dano que causam a natureza, mas pela perda indesejável de energia pelo animal, que se traduz em menor eficiência da produção. Estudos recentes mostram que as perdas de energia