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ISSN 1516-9308
Campo Grande, MS
Fevereiro, 2006
Identificadores Eletrônicos em Bovinos: Uma Nova
Ferramenta para o
Gerenciamento de
Rebanhos de Corte
Pedro Paulo Pires1
Thaís Basso Amaral2
Paulo Felipe Izique Goiozo3
Virgílio Paculdino Cançado Ferreira4
Eduardo Simões Corrêa5
José Gomes de Almeida6
Introdução
A pecuária de corte brasileira destaca-se como detentora do maior rebanho comercial e maior exportadora no cenário mundial. Com aproximadamente 195 milhões de cabeças, o agronegócio da carne bovina tem crescido de forma expressiva, ao mesmo tempo em que tem se estruturado de forma competitiva, contribuindo para a formação do Produto
Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Concomitante ao notório crescimento da pecuária brasileira, o mercado global está cada vez mais exigente, no que se refere à boa qualidade, com inocuidade, do produto final e as conseqüências ao meio ambiente por causa do manejo dos animais e da vegetação. Tais fatos foram desencadeados com a demanda pela sustentabilidade da cadeia produtiva, e foram intensificados com a descoberta da doença da vaca louca (BSE – sigla em inglês de Bovine Spongiform
Encephalopathy) em 1996, na Europa, além do constante risco que a febre aftosa apresenta aos rebanhos e, conseqüentemente, aos países produtores de carne.
Em adição e como conseqüência desses fatos e tendências, o mercado consumidor passou a exigir o rastreamento do alimento na cadeia produtiva, requerendo, ainda, que o processo seja transparente. Nesse contexto, a padronização de conceitos e, principalmente, de ações, constitui tema de importância estratégica para o País, que deve disponibilizar alimentos certificados, ou seja, com garantia de origem, de qualidade ambiental e de qualidade de bom produto.
Tais mudanças vêm sendo acompanhadas pela população por esta ter maior acesso a programas de educação ambiental que resultaram em alterações importantes na forma de pensar o desenvolvimento econômico e a