Peaget e o construtivismo
Jean Piaget (1896-1980), fundador do construtivismo, define-o como a teoria do desenvolvimento do conhecimento em resultado de uma interação com o meio. Piaget procurou determinar os processos de construção do conhecimento desde as suas formas mais elementares até aos níveis superiores, nomeadamente o conhecimento cientifico.
Para Piaget o individuo não é um simples resultado do meio (tese behaviorista), nem é simplesmente determinado por princípios inatos (tese gestaltista). O seu desenvolvimento é determinado pela interação entre fatores internos (orgânicos, hereditários) e fatores externos (meio). Nos primeiros meses de vida, o seu comportamento é determinado por reflexos inatos, mas depois as respostas são cada vez mais complexas, fruto de um processo de adaptação. Este processo embora tenha algumas etapas comuns a todos os indivíduos, não produz em todos os mesmos resultados. As mesmas coisas não têm a mesma significação para todos. O comportamento é uma resposta que varia em função da interação entre a personalidade do sujeito e a situação.
A personalidade vai-se formando através desta interação com o meio. Neste processo são decisivas as disposições biológicas do sujeito, as diversas aprendizagens e as atividades sobre o meio. O comportamento é visto como a resposta de uma dada personalidade numa situação concreta.
O construtivismo (ou psicologia genética) procura explicar o desenvolvimento cognitivo (inteligência) como um processo continuo de adaptação do organismo ao meio, marcado por várias fases (estádios): Cada uma delas representa um estágio de equilíbrio, cada vez mais estável, entre o organismo e o meio, onde ocorrem de determinados mecanismos de interação, como a assimilação e a acomodação.
Todo o conhecimento começa por uma assimilação pelas estruturas e esquemas do sujeito dos dados que recebe do exterior. Estas estruturas e esquemas são os meios que permitem o conhecimento. Esta assimilação implica por sua vez