PDTA
O garoto sempre fazia perguntas aos pais, mas nem sempre obtinha respostas. Eles diziam a Felipe que ele aprenderia todas as respostas que desejava quando entrasse na escola. Diziam também que é preciso entrar na escola para virar “gente de verdade” e que se as crianças não entrarem, ficarão burras.
Felipe ficava intrigado quando obtinha respostas desse tipo, então passou a desejar entrar na escola, com a fantasia de que lá seria um lugar maravilhoso, pois imaginava que os professores teriam resposta para tudo o que ele questionasse. Seus pais explicavam-lhe que a escola é o lugar que transforma crianças, que brincam, em adultos, que trabalham. Diziam que lá ele deveria tirar boas notas para passar de ano e posteriormente passar no vestibular.
Finalmente chegou o dia de ir à escola, Felipe ficou encantado. Brincou com as outras crianças, foi para a sua fila (dos pequenos) e de repente se deparou com um corredor com várias salas, onde cada fila entrou e as portas se fecharam. Quando a professora entrou para se apresentar, Felipe logo ficou curioso e começou a fazer suas perguntas. A professora disse que naquele momento ele deveria pensar no que estava no programa e ele continuou a questionar até que ela resolvesse encerrar o assunto, devido a escola que era totalmente regime fechado no padrão tradicionalista. Felipe então ficou decepcionado por não ter todas suas perguntas respondidas. O que seus pais lhe disseram não condizia com sua experiência aquele dia. Ele aprendeu então que tudo tinha a hora certa para se pensar e que ele deveria aprender as coisas por obrigação e porque iriam cair na prova não porque tinham alguma