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INFORMAÇÃO
O assassinato da menina Isabella, onde os principais suspeitos são o pai e a madastra, no local da residência dos suspeitos ajunta uma multidão (turba) desordenada constituída por pessoas que vem de longe que gritam, xingam e ameaçam.
Nos primeiros cincos dias após o assassinato de Isabella, crianças e adolescentes morreram e sofreram violência, na maioria das vezes a violência ocorre sem que nada seja feito, apesar das leis e estatutos as crianças podem ser e continuam sendo vitimas de adultos.

CONHECIMENTO
A história mostra que a turba sempre agita para levar outros na dança com eles, americanos no sul dos Estados Unidos, no século XIX e no começo do século XX saiam para linchar negros, com a certeza de sua diferença social.
O mesmo ocorreu na Alemanha que saíram para saquear os comércios dos judeus ou para os russos e poloneses que faziam isso pela Europa Oriental afora, queriam afirmar sua diferença.

SABEDORIA
Segundo o psicanalista Contardo Calligaris no caso do assassinato da menina Isabella a turba queria constituir um grande sujeito coletivo para dizer “nós” que não matamos Isabella “ somos diferentes dos assassinos” portanto vamos linchar os culpados.
A multidão repudia e detesta, devido uma necessidade de afirmar sua diferença, e isso é próprio de quem se sente ameaçado pela similaridade do outro.
O ato de linchar é o melhor jeito de esquecer seus próprios atos violentos contra crianças, adolescentes ou ainda os mais fracos, esquecer que sacudiram seu bebê para que parassse de chorar ou quando voltaram bêbados para casa e não lembram em quem bateram ou quanto.