PBL 2
Malária
Nomes populares: Paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna e maligna, maleita, sezão, tremedeira ou batedeira.
Descrição: Doença infecciosa febril aguda causada por parasita unicelular, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie de parasita infectante.
Distribuição no Brasil e no mundo: Estima-se que mais de 40% da população mundial está exposta ao risco de adquirir malária. No ano de 2006, o Brasil registrou 545.696 casos da doença, sendo a espécie Plasmodium vivax de maior incidência (73,4%). A Região da Amazônia Legal concentra 99,7% dos casos de malária, tendo sido identificados nesta região 90 municípios como sendo de alto risco para a malária, ou seja, com um Índice Parasitário Anual (IPA) igual ou maior a 50 casos por 1.000 habitantes. A transmissão nessa área está relacionada a fatores biológicos (presença de alta densidade de mosquitos vetores, agente etiológico e população suscetível); geográficos (altos índices de pluviosidade, amplitude da malha hídrica e a cobertura vegetal); ecológicos (desmatamentos, construção de hidroelétricas, estradas e de sistemas de irrigação, açudes); e sociais (presença de numerosos grupos populacionais, morando em habitações com ausência completa ou parcial de paredes laterais e trabalhando próximo ou dentro das matas).
Transmissão:
Agentes causadores (patógeno e vetores): No Brasil, três espécies de Plasmodium causam malária: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. O vetor é o mosquito pertencente à ordem dos dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles. Este gênero compreende cerca de 400 espécies. As principais espécies transmissoras da malária, tanto na zona rural quanto na zona urbana brasileira, são: Anophelesdarlingi, Anopheles aquasalis, Anopheles albitarsis, Anopheles cruzii e Anophelesbellator. A espécie Anopheles darlingi se destaca na transmissão da doença.