paz e vida
>> A volta do Jesus revolucionário
A postura agressiva e muitas vezes preconceituosa de Dawkins e de seus asseclas, como o neurocientista americano Sam Harris ou o filósofo americano Daniel Dennett, começa aos poucos a ceder espaço a um ateísmo de postura mais tolerante. O filósofo britânico A.C. Grayling é um representante dessa transição. Grayling está longe de ser um fã da religião. “O mundo seria bem melhor se não acreditássemos em conto de fadas”, disse ele a ÉPOCA. “A religião é simplesmente inconsistente com a modernidade.” Mas suas obras são bem menos cáusticas que as de Dawkins. Em março, Grayling lançou The god argument (O argumento divino, em tradução livre). O livro apresenta argumentos filosóficos contra a existência de Deus. Trata-se basicamente de um manifesto humanista. Mesmo acreditando que a religião é prejudicial à humanidade, Grayling não gasta muita energia em debates com religiosos. Em 2011, ele publicou The good book (O livro bom), uma espécie de guia de vida para ateus. Em 608 páginas, apresenta citações e conceitos de grandes