Paz e Guerra
2.2.4.1 ESTADOS UNIDOS
A sua guerra de independência foi a mais bem-sucedida revolta contra o colonialismo. Aproveitaramse do período napoleônico para consolidar sua independência com uma segunda guerra (1812-1814), o que significava controle sobre a navegação nacional, autonomia da política de comércio exterior e participação no comércio atlântico. Expansionistas, interessavam-se pelo Pacífico, pelo Índico e pela Ásia. Em 1823 advertiram aos europeus, através da mensagem de Monroe, que abandonassem a ideia de instalação de novas colônias na América e evitassem o uso da força no continente. Recorriam à Doutrina Monroe apenas quando seus interesses imediatos estavam envolvidos. A política exterior (PE) adaptava-se às necessidades da modernização interna. A PE, em seu âmbito comercial, fora crescentemente protecionista, sobretudo após a derrota do sul na Guerra de Secessão (1860-1865). Mesmo fora do Concerto Europeu, os EUA se portavam como grande potência negociando interesses nacionais, colaborando quando possível, impondo a vontade quando bons cálculos de risco o permitiam.
2.2.4.2 BRASIL
A atitude do Brasil e da Argentina diante da preeminência europeia do século XIX esteve longe de ser passiva. Além de se movimentarem pela área contígua tinham por soberanas suas decisões ao cederem aos europeus o mercado interno de manufaturados e a navegação de longo curso. Foi o único país da América
Latina a manter, nos séculos XIX e XX, uma política de defesa da indústria. Entre 1850 e 1875 exerceu uma hegemonia regional sobre a bacia do Prata, que lhe assegurou as fronteiras, a livre navegação dos rios, a exploração das pastagens uruguaias e a contenção do expansionismo argentino. Aliou-se ao Uruguai e à
Argentina para revidar, entre 1864 e 1870, a agressão do Paraguai a seu território.
2.2.4.3 ARGENTINA
O país não cedeu o livre-comércio por um tratado, como fizeram o Brasil e a maioria dos países latinoamericanos. O