Pavimentação
2.1. PAVIMENTOS FLEXÍVEIS
O termo Pavimento Flexível, segundo a ABNT (3) consiste em uma camada de rolamento betuminosa e de base constituída de uma ou mais camadas que se apóia sobre o leito da via, sendo que a camada de rolamento pode se adaptar às deformações da base, ou seja, é aquele em que todas as camadas sofrem uma deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. A Figura 1.0 mostra uma estrutura de Pavimento Flexível típica.
Figura 1.0 – Estrutura típica de pavimento flexível
Fonte: RODRIGUES FILHO, Silvio. Estudo Econômico Comparativo entre pavimentos, São Paulo, 2006.
Pavimentos Flexíveis começaram a ser estratificados em camadas através de processos empíricos, envolvendo observações sobre como eles interagiam com o solo, o clima e as características do nível de tráfego, em termos de freqüência, carga e tipo de veículo. Esses processos deram origem a determinadas estruturas de pavimentos que visavam garantir que os subleitos onde estas estariam assentes resistiriam aos esforços induzidos pelo tráfego transiente, sem ruptura.
Enquanto os processos empíricos eram largamente aplicados, outros procedimentos metodológicos, chamados de mecanístico-empíricos e puramente mecanísticos, passaram a ser desenvolvidos. As respostas dos Pavimentos Flexíveis a diferentes solos, climas e níveis de tráfego passaram a ser modeladas matematicamente, fornecendo aos projetistas maiores informações sobre as opções de materiais e sobre o comportamento estrutural de projeto.
Passou-se então, segundo MEDINA (4), PREUSSLER (5) e MOTTA (6), dentre outros a, observar, através de modelos mecanísticos, que determinados elementos, como a tensão de tração na fibra inferior do asfalto, levavam o pavimento à fadiga prematura, o que permitiu melhor estudo do comportamento conjunto da estrutura de um pavimento e de seu