PAULO FREIRE
Autor: Paulo Freire
Capítulo 1 – A Sociedade Brasileira em Transição
Objetivo central do capítulo: realizar uma análise histórica do momento de transição da sociedade brasileira no período pré Golpe de 64, no que se refere aos seus fundamentos sociológicos, econômicos e culturais.
Paulo Freire inicia o capítulo realizando uma distinção entre as características inerentes das interações do homem com o mundo e do animal com o mundo.
O homem não apenas está no mundo, mas com o mundo. As relações do homem com o mundo se dão com as seguintes conotações: pluralidade, criticidade, transcendência, discernimento, temporalidade.
A relação do homem com o mundo, não se esgota em mera passividade, mas sim num posicionamento interferidor.
A interação do homem com o meio o enraíza. A massificação implica no desenraizamento do homem.
O homem se diferencia do animal, pois este é um ser de acomodação e do ajustamento, enquanto o homem é o ser da integração. Essa integração se aperfeiçoa a medida que a consciência se torna crítica.
Paulo Freire destaca que a grande luta do homem, através dos tempos é por humanização.
Uma das grandes tragédias do homem moderno, está em ser dominado por mitos, publicidade, etc.. Sendo assim, já não é sujeito, rebaixa-se a objeto. Salienta-se a necessidade de uma permanente atitude crítica.
O momento histórico com seus diversos temas, determinam a humanização ou não do homem. Quanto mais dinâmica uma época, mais o homem deverá ter atitudes racionais do que emocionais.
A influência dos mitos e outras determinantes transformam o homem em rinoceronte (fazendo referência ao rinoceronte de Ionesco.)
Paulo Freire relata a fase de trânsito como tempo anunciador, porém deixa claro que se todo trânsito é mudança, nem toda mudança é trânsito.
O Brasil vivia a passagem de uma para outra época. Os temas e tarefas de uma Sociedade fechada que era, estavam se esvaziando.
Na Sociedade fechada a