Paulo freire
Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente Paulo Freire nos ensina a ensinar partindo do ser professor, ele reflete sobre saberes necessários à prática fundamentados numa ética pedagógica e uma visão de mundo alicerçadas em pesquisa, criticidade, humildade, bom senso, tolerância, alegria, curiosidade, esperança, competência, e disponibilidade. A Pedagogia da Autonomia é um livro pequeno em tamanho, mas gigante em otimismo, que condena as mentalidades que se conformam com a falsa ideologia de que "a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?" Para estes basta o treino técnico indispensável à sobrevivência. Educar é construir, é libertar o ser humano, reconhecendo que a História é um tempo de possibilidades de "ensinar a pensar certo" como quem "fala em um ato comunicante e participado", e de modo algum produto de uma mente "burocratizada". No entanto, toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, que terá de ser aliado à sua aplicação prática. Ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atinge a dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial prática educativa. Portanto, torna-se imprescindível "solidariedade social e política para se evitar um ensino elitista e autoritário. Freire salienta, constantemente, que educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida, senão não terá eficácia. para ele, educar é como viver, exige a consciência do inacabado porque a "História em que me faço com os outros (...) é um tempo de possibilidades e não de determinismo" (p.58). Tempo de possibilidades condicionadas pela herança, social, cultural e histórico que faz dos homens e das mulheres seres responsável, sobretudo quando "a decência pode ser negada e a liberdade ofendida e recusada “(p.62). Segundo Freire, "o educador que 'castra' a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos,