Paulo Freire - Aprendizagem
Para este pedagogo, o conhecimento é algo a ser construídos na coletividade, pelo qual o movimento da ação–reflexão é tida como fundamental. Sua pedagogia se caracteriza por ser dialógica e também dialética, dialética porque não podemos dicotomizar os fundamentos da educação que são: ação – reflexão, subjetivo – objetivo, homem –mundo, educador – educando; nestas relações não há o que é mais importante e o menos importante, não há a hierarquia de um sobre o outro. Nestes parâmetros a educação não é via de mão única, mas via de mão dupla, não é assimétrica, mas é simétrica. Dialógica porque é através da comunicação que estabelecemos relações com o outro, que edificamos a dialética em nossa vida.
A educação progressista que Freire defende desenvolve a consciência crítica, sendo que para a transformação social este tipo de consciência é condição primordial. Já a educação bancária que Freire (2005) descreve trabalha com a consciência ingênua, esta educação está presente em sociedades divididas em classes e eminentemente capitalistas que excluem as camadas populares do processo de democratização, designando a estes apenas uma educação de despejo de conteúdos alheios a ele. O objetivo desta educação é manter o status quo e formar uma parcela de trabalhadores alienados, que desconhecem a sua função dentro da sociedade.
A educação bancária caracteriza-se pela relação entre o educador (que tudo sabe) e o educando (que não sabe). O educador por ser aquele que tudo sabe deposita seus conhecimentos nos educandos, que na sua total ignorância recebem passivamente os conhecimentos. Nesta condição o aluno é mero ouvinte. Como conseqüência deste procedimento baseado na fala temos uma cristalização da realidade, pois o aluno não participa do processo, pelo qual deveria ser sujeito ativo. Se apenas fosse transmissora de conhecimentos talvez os danos não fossem tão grandes, mas além disso, transfere valores, comportamento, modos de