Patrocinadores do pan
Patrocinadoras do Pan e a ética nas empresas
Ciro Torres*
Os Jogos Pan-americanos que ocorrerão este ano no Rio de Janeiro, popularmente conhecidos como Pan 2007, têm mobilizado a imprensa nacional, os corações e as mentes de grande parte da população brasileira. Quase uma comoção nacional. Por outro lado, muitos recursos municipais, estaduais e do próprio governo federal foram liberados emergencialmente, amparados pela retórica da grande importância desse evento para o Rio e para o Brasil. Muitas obras foram e estão sendo realizadas a toque-de-caixa, justificadas por hipotéticos benefícios que o
Pan-americano trará para a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Porém, algumas dessas obras trazem impactos perversos para diversas comunidades e regiões da cidade.
Além disso, muitos dos possíveis benefícios para o Rio são quase sempre apresentados de forma genérica, ampla, como se qualquer pessoa ou área do município fosse se tornar melhor ou receber algo a mais pelo simples fato da competição internacional ocorrer em nossa cidade. Interesses de pessoas e de grandes grupos privados têm sido diluídos nesse discurso geral do interesse público.
Contudo, muitas organizações da sociedade civil estão se mobilizando e levantando a voz contra algumas dessas arbitrariedades disfarçadas por um simbólico discurso de panacéia contra todos os males urbanos.
A partir de um ponto de vista distinto, mas não menos importante, outra questão parece não ter ainda chamado a atenção de muitas pessoas e organizações até agora: quais são, de fato, as empresas patrocinadoras dos Jogos Pan-americanos 2007 e como se dá a associação dessas marcas e imagens com o esporte e o discurso de uma vida ideal, dinâmica e saudável?
Para reavivar nossa memória, cabe listar aqui as patrocinadoras oficiais dos Jogos Pan-americanos 2007: Olympikus, marca esportiva da Calçados Azaléia, uma das maiores empresas calçadista do