& passo
Conheça as melhores soluções encontradas pelas cidades brasileiras que estão conseguindo alfabetizar toda a população adulta
Ana Rita Martins (novaescola@fvc.org.br), de Salvador, BA. Colaboraram Anderson Moço, de Niterói, RJ, Beatriz Santomauro, de São João do Oeste, SC, Paola Gentile, de Guajará, Itapiranga e Silves, AM, Paula Takada, de Porto Alegre, RS, e Rodrigo Ratier, de Curitiba, PR, e Blumenau, Jaraguá do Sul e Pomerode, SC
2 Criar horários de aula para atender todos os públicos
ESTUDO DE MANHÃ, À TARDE E À NOITE Ao disponibilizar a EJA em três turnos, o CMET Paulo Freire atende públicos distintos em cada período (acima, da esquerda para direita, as turmas da manhã e da noite). No Brasil, porém, predomina o turno noturno, que contempla mais os trabalhadores. Na alfabetização de jovens e adultos, há diferentes perfis de alunos. Existem os aposentados com tempo livre, os adolescentes que trabalham durante todo o dia, profissionais que fazem bicos etc. Para que todos tenham a oportunidade de se alfabetizar, é fundamental levar em conta essas diferentes realidades. Oferecer diversos turnos é uma das maneiras de facilitar o acesso, pois é fundamental que os alunos consigam aliar as aulas ao seu dia a dia. No Centro Municipal de Educação do Trabalhador Paulo Freire (CMET Paulo Freire), em Porto Alegre, existem horários para todos os públicos (leia o destaque acima). Flexibilizar a duração das aulas também é outro incentivo para aqueles que têm uma rotina mais dura. Em Curitiba, as aulas nas turmas de EJA de 1ª a 4ª série para moradores de rua duram apenas duas horas. "Os alunos costumam ter baixa capacidade de concentração e, por isso, achamos mais conveniente estabelecer esse limite. As aulas também são à tarde, já que, à noite, muitos trabalham em bicos nas ruas, como guardadores de carros", conta a professora Elizabeth Meucci. Trabalhadores sazonais também merecem um esquema especial. "Nas