Passo 1 profissionaliza o docente
Falar de formação de professores é falar de algo tão antigo quanto atual, tão explorado quanto desconhecido, tão banal quanto fundamental – substantivos que se contrapõem e ao mesmo tempo se completam, apontando um caminho tortuoso. O debate sobre a profissionalização docente não é recente, e nas últimas décadas se intensificou devido as iniciativas de reestruturação curricular das escolas normais e dos cursos de pedagogia, com as experiências de novos cursos de formação em nível superior e também com a produção acadêmica intensa sobre o assunto (Silva, 1991), principalmente a literatura de autores portugueses e espanhóis acerca da tradição acadêmica da formação docente. Esse debate acentua-se com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96 – que, superando a polêmica relativa ao nível de formação, elevou a formação do professor das séries iniciais ao nível superior, estabelecendo que ela se daria em Universidades e em Institutos Superiores de Educação, nas licenciaturas e em cursos normais superiores. Os tradicionais cursos normais de nível médio foram apenas admitidos como formação mínima.Num momento em que a formação do professor primário é elevada a nível superior; em que discute se o local para que isso aconteça será a Universidade ou o Instituto Superior; questiona-se o projeto político pedagógico; os saberes implicados nessa formação; no discurso sustenta-se a quebra de paradigmas educacionais tradicionais; e acreditando que os problemas da formação docente hoje têm raízes no passado, ou seja no mestre-escola de outrora. São de suma importância o resgate e a construção da informação histórica, na expectativa de que ela possa oferecer subsídios que possibilitem a melhor compreensão da problemática da Escola Normal e das questões atuais sobre a formação do professor, em especial o que atua nas séries iniciais do ensino fundamental e educação infantil. Após esse breve histórico sobre o processo de formação docente é importante destacar