Partidos Políticos são necessários?
Sem dúvida a importância dos partidos políticos numa democracia é muito grande. No poder desde os tempos coloniais, quando monopolizaram o acesso às terras, à mão de obra e aos principais cargos públicos, adaptam-se aos tempos, assumindo a forma e a feição necessária mais conveniente ao momento. Ora conservadoras, ora modernizadoras, ora reacionárias, ora progressistas, é sempre a mesma casta e seus descendentes, que prefere a conciliação ao conflito, que conduz as coisas maiores no Brasil.
O País está e sempre esteve repleto de siglas, e o que sempre faltou, é uma verdadeira definição destas siglas, com programas voltados para todas as áreas e, uma preocupação de fazer com que a população conheça as suas linhas de pensamento e suas propostas.
Até 1837 não se pode falar a rigor em partidos políticos no Brasil. A partir desse ano é possível que haja uma percepção sobre a formação das duas agremiações que caracterizaram o Segundo Reinado, a dos Conservadores, chamado Partido Conservador (Brasil Império) (saquaremas) e a dos Liberais, chamado Partido Liberal (Brasil Império) (luzias).
Estes partidos e mais o Partido Republicano Paulista foram os partidos de mais longa duração no Brasil.
Os conservadores defendiam um regime forte, com autoridade concentrada no trono e pouca liberdade concedida às províncias. Os liberais inclinavam-se pelo fortalecimento do parlamento e por uma maior autonomia provincial. Ambos eram pela manutenção do regime escravista, mas os liberais aceitavam a sua supressão, conduzidos por um processo lento e gradual que conduziria à abolição da escravatura.
Poucos votavam, o voto era hierárquico, baseado em critério censitário (Lei Saraiva, 1881). As eleições eram realizadas em dois turnos; as assembleias paroquiais escolhiam os eleitores das províncias, e estes, por sua vez, escolhiam os representantes da nação e das províncias. Tanto conservadores, como liberais pertenciam a mesma classe social, a dos