participação popular e o controle social democratizaram a gestao do SUS
Nos três primeiros tópicos da Carta dos direitos dos usuários do SUS, encontramos descritos os seguintes direitos do cidadão:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. Mesmo que seja do conhecimento do usuário do SUS os caminhos da assistência, bem como as atribuições de cada uma das esferas de gestão do SUS, as dificuldades de acesso aos serviços de saúde tem gerado um conflito crônico entre o indivíduo e o Estado. O que percebemos é uma total utopia entre o que é apregoado como sendo o ideal e o que é vivenciado diariamente, por milhares de usuários que necessitam fazer uso da saúde pública. Na tentativa de tentar mediar tantas insatisfações e conflitos dos usuários, surgem as ouvidorias ou até mesmo os conselhos de saúde como canais coletores de queixas e protestos, que se fossem levados a sério, serviriam como termômetro para avaliar os serviços oferecidos e também como diretrizes que norteassem a criação de novas políticas visando a melhoria do serviço.
Muito embora, a participação e o controle social seja um princípio organizacional do SUS, assegurado na Constituição Federal, ainda é pequena e limitada a efetiva participação da população, quer seja pelo desconhecimento de seus direitos de acesso, quer seja, pela insatisfação e sensação de impotência diante de inúmeras situações caóticas que surgem a cada dia dentro das unidades de saúde pelo país afora.
Não percebo essa “democratização” proclamada. O que ainda vemos hoje em dia, é um constante e crônico monopólio de gestores, na sua maioria apadrinhados e indicados por políticos para ocuparem cargos, para os quais, muitas vezes, não estão qualificados. E que acabam transformando as unidades de saúde, em