Participacao
Bordenave inicia sua argumentação afirmando que o interesse por participação tem generalizado no Brasil nos últimos anos. Temos de formular um exemplo claro de o que é participação, quando nos referimos a essa expressão, estamos nos remetendo a três dimensões: fazer parte, tomar parte e ter parte. Nas palavras de Bordenave, de fato, a palavra participação vem da palavra parte. Participação e fazer parte, tomar parte ou ter parte. Mas será que as três expressões possuem o mesmo significado? A resposta é não, pois alguém pode fazer parte de um grupo sem tomar parte das reuniões, ou fazer parte da população de um país, sem tomar parte nas grandes decisões, ou, enfim, fazer parte de uma empresa sem ter parte alguma na sociedade. Segundo Bordenave, é possível fazer parte sem tomar parte e que “a segunda expressão representa um nível mais intenso de participação”. Disso deriva a diferenciação entre participação ativa e participação passiva: Na participação ativa o cidadão toma parte, age frente à realidade, enquanto na passiva o cidadão faz parte, apenas integrando a realidade.
Tipos de Participação
Ao longo de nossas vidas, somos socializados por diversas instituições, tais como: primárias, secundárias e terciárias, e é através delas que desenvolvemos as nossas práticas participativas: • Grupos primários: família, amigos, vizinhos;
• Grupos secundários: associações profissionais e sindicatos;
• Grupos terciários: partidos políticos e movimentos de classe.
Em função desses grupos, podemos falar em processo de micro e macroparticipação. Microparticipação é a voluntaria de duas ou mais pessoas numa atividade comum na qual não pretendem unicamente tirar benefícios pessoais e imediatos. Macroparticipação é a intervenção das pessoas nos processos de constituição ou modificação na história da sociedade. Como garantir diversos canais de participação para toda a