O que é Participação

Bordenave, J. E. D. O que é participação. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Síntese

Na presente síntese, será destacado os principais conceitos elencados por Bordenave, a cerca da participação. Segundo o autor, o conceito de participação possui duas bases que se complementam e devem equilibrar-se: a base afetiva, pautada no prazer, e a base instrumental, relacionada a eficiência e a eficácia. Para o autor, a melhor forma de entender a participação, é pelo processo de marginalização. O que significa ficar as margens de um processo sem nele intervir. A marginalização é conseqüência de um mal desenvolvimento da sociedade, onde gera desigualdade de acesso aos benefícios. Em uma sociedade desigual, para que alguns consigam acumular patrimônios, alguns outros, tem que ser sacrificado e explorado. O homem apenas terá um bom futuro em uma sociedade participativa, que permita e facilite a participação de todos. Na busca para se ter acesso aos benefícios, a participação tem que ter como objetivo final, o que o autor chama de "autogestão", ou seja, grupos populares autônomos organizados em relação aos poderes do Estado e das classes dominantes. O que proporcionaria o aumento da consciência política dos cidadãos, reforço do controle popular sobre a autoridade e fortalecimento da legitimidade do poder público, quando este atende a necessidade da população. Há duas formas de participação, a passiva, onde o individuo "faz parte" de uma determinada organização, e a participação ativa, onde esse individuo "toma parte" da organização. Segundo o autor, o homem pode participar de três grupos na sociedade. O grupo primário, como família e vizinhos; O grupo secundário, como associações profissionais e sindicatos; E grupos terciários, como partidos políticos e movimentos de classe. O que é chamado de processos de micro e macroparticipação (ou também chamado de participação social). A microparticipação é união voluntária, sem benefícios pessoais e imediatos, entre