Partes importantes do livro "o príncipe" (maquiavel)
Concluirei somente que é necessário ao príncipe ter o povo como amigo; caso contrário, não terá remédio na adversidade.
(...) em tempos adversos, há sempre escassez de gente em quem o príncipe possa confiar, pois ele não pode basear-se no que vê nos tempos de paz, quando os cidadão têm necessidade do estado, porque então todos correm ao seu encontro, todos prometem e não há quem não queira morrer por ele, enquanto a morte está distante, mas em tempo adversos, quando o estado tem necessidade dos cidadãos, encontram-se poucos. Esta experiência é ainda mais perigosa por se poder tentá-la uma só vez. Por isso, um príncipe sábio deve encontrar um modo pelo qual seus cidadão, sempre e em qualquer tempo, tenham necessidade do estado dele; assim, eles sempre lhe serão fiéis."
"(...)porque os homens são inimigos de empreendimentos em quem veem dificuldades e não se pode ver facilidade em atacar alguém que tenha suas terras fortificadas e não seja odiado pelo povo."
Um príncipe, portanto, que tem uma cidade forte e não se faz odiar não pode ser atacado.
É da natureza dos homens deixaar-se cativar tanto pelos benefícios feitos como pelos recebidos.
Agora, resta-nos somente discorrer sobre os principados eclesiásticos, cujas dificuldades são todas anteriores à sua posse, porque se conquistam ou por virtù ou por fortuna e sem uma nem outra se mantêm, pois têm por base antigas instituições religiosas, de tamanho poder e natureza tal, que conservam seus príncipes no poder, qualquer que seja o modo como procedam e vivam. Somente eles possuem estados e não os defendem; súditos, e não os governam, e os estados, por não serem defendidos, não lhes são