parte 2
Considerações Funcionais acerca das cidades Egípcias do Reino Novo (XVIIIª - XXª Dinastias)
Com base nos estudos ao Reino Novo, durante o periodo mais bem documentado do Egito antigo que é, de 1510 à 1070 a.C, é deixada para traz a ideia de "Civilização sem cidades'' de John A. Wilson, e começa-se a entender o funcionamento das sociedades que se instalam às margens e ao longo do Nilo.
Tendo em mãos o sistema hieraquico social encontrado em tais civilizações, distribui-se entre os níveis, seus ofícios, dando a cada classe seu lugar nessa organização, estabelecendo locais especificos para o desenvolvimento da arte, para o estoque de suprimentos, mesmo o pequeno porte do mercantilismo, é pertinente ao assunto, pois existe uma politica de divisão de terras, arrendatarios, proprietarios, trabalhadores, isso torna essas regiôes em cidades, propramente regulamentadas, existe um orgão legislador, um Estado.
Tendo dentro da cidade essa demanda pela organização de serviços, é definido um espaço urbano.
Desenvolve-se praticas de saneamento, já que a circulação todo tipo passa a ser necessária.
A partir do momento em que se faz necessario a expansão dos centros naturalmente criados pela aglomeração de serviços, deixa-se as margens do rio grande provedor de suprimentos, e partimos cada vez mais em direção ao deserto, desenvolvendo novas praticas, e disposição urbana, são cada vez mais planificadas as contruções, gerando assim suburbios. Também já não existe uma explícita segregação social, não há uma divisão clara entre ricos e pobres, já que serviçais se intalam proximos às mansões que servem.
Sendo assim, evolui a antiga ideia de que as cidades erigiam-se em função do cultuo aos templos a que cercavam, existem sim as tarefas dedicadas a esses santuários, porém elas deixam de ser o cerne dessa sociedade, que passa deste ponto em diante a estabelecer novos cargos a fim de articular essa nova estrutura social que se desenvolve.