Parque temático
PARQUE TEMÁTICO TERRA ENCANTADA
Américo Pinto, MBA, PMP
RESUMO
O Parque Temático Terra Encantada, construído na cidade do Rio de Janeiro na segunda metade da década de 90, tornou-se um exemplo de como um belo projeto pode ser mal sucedido em função das falhas em seu gerenciamento.
A falta de uma comunicação adequada com importantes stakeholders representou um verdadeiro gatilho para a inexorável queda de um empreendimento onde foram investidos centenas de milhares de dólares.
PALAVRAS-CHAVE
Comunicação, Entretenimento, Stakeholders.
INTRODUÇÃO
Os parques temáticos representaram um negócio emergente no Brasil entre 1995 e 1999, notadamente até o momento da desvalorização do Real, no início de 1999.
A Adibra – Associação das Empresas de Parques de Diversões chegou a registrar receitas de mercado de R$ 250 milhões em 1995, quando o Real estava próximo da paridade. Estas receitas evoluíram para R$ 334 milhões e R$ 430 milhões em 1999 e 2000, respectivamente.
O entusiasmo com os parques temáticos entre os anos de 1995 e 1997 estava centrado nos seguintes pilares: a estabilização da economia com o Plano Real, a canalização de parcelas maiores da renda familiar para o lazer, o potencial turístico do Brasil e a entrada no mercado de uma “nova” parcela da população, com capacidade de gastar algum dinheiro com lazer.
Os planos de negócio aparecem em grande quantidade. No Brasil, em 1997, havia mais de 25 parques temáticos de porte projetados ou em construção.
A euforia deste mercado foi abalada devido, principalmente, à desvalorização do Real em 1999, que expôs algumas nuances deste tipo de empreendimento, como a alta necessidade de investimento, a complexidade da operação e os altos gastos com manutenção e marketing.
O Parque Temático Terra Encantadas foi o primeiro parque temático construído na cidade do Rio de Janeiro, em uma área total de 300 mil metros quadrados na Barra da Tijuca.