Parque Moscoso de Vitória
Dono de uma história rica, e cheia de altos e baixos, o Parque Moscoso se tornou símbolo da transformação de vitória. Ele fez com que uma área de manguezal, onde eram jogados dejetos humanos, se tornasse uma vila nobre, onde a alta classe de vitória viria a residir.
Paulo Motta, o responsável pelo projeto original do parque, era autodidata e não possuía formação superior, mesmo assim, não deixou de fazer um ótimo trabalho.
Tendo passado por três grandes intervenções, o parque celebrou seus 100 anos em 2012. Aqui contaremos um pouco dessa história. 2 CONTEXTO HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DO PARQUE
Vitória em 1818 era uma cidade em más condições higiênicas. O pouco calçamento que possuía era precário, dejetos eram depositados na baía e na área onde se situavam os mangues. A cidade não possuía infraestrutura sanitária e eram frequentes as epidemias. O abastecimento de água dava-se a partir de quatro chafarizes. Em época de estiagem, tais chafarizes secavam e a população via-se obrigada a utilizar o líquido proveniente de canoas.
A cidade começou a se desenvolver na parte alta, onde se localizavam as igrejas, os conventos e as residências mais ricas. O comércio prosperou principalmente nas proximidades do porto, sendo feitos frequentes aterros para ampliação dessa área. As primeiras intervenções próximas ao parque, antigamente chamado Mangal do Campinho, foram feitas no governo de Francisco Alberto Rubim (1812-1819). As intervenções eram necessárias por motivos de higiene pública uma vez que o campinho era depósito de detritos e dejetos humanos. Dr. Manoel Goulart de Souza, em 1876 sugere algumas melhorias urbanas como impedir o despejo de lixo no cais, fazer o calçamento de ruas, fechamentos de alguns cemitérios e limpezas de praças púbicas. Essas sugestões, porém, por muito tempo ficaram esquecidas e o aterro só começou a ser executado em 1910.
O desenvolvimento urbano de Vitória propiciou o aterro que ligou o Porto dos Padres ao morro do Hospital