Bondade de Deus
Lendo às Escrituras com atenção, veremos que a bondade é um dos atributos de Deus que aparece com mais freqüência na história sagrada.
Jesus Cristo falou da singularidade da bondade de Deus ao afirmar ao jovem rico: “Ninguém é bom senão um só, que é Deus”(Mc 10.18). Só Ele, e ninguém mais, é a fonte de todo o bem. Todos os atos de bondade e ternura têm sua origem na pessoa de Deus.
A bondade de Deus resume o caráter de seu grande amor, de sua infinita graça e de sua incomensurável compaixão e paciência em relação ao pecador. Se não fosse pela aplicabilidade deste importante atributo de Deus, o mundo já não existiria mais. Se não fosse pela bondade de Deus, a vida seria impossível de ser vivida.
Atentando para o contexto do primeiro capítulo, veremos que este trecho está interligado à seção anterior, onde o autor fala da origem do pecado e da tentação. Ali ele fala da impossibilidade da autoria divina quanto ao pecado e tentação.
Aqui, no texto em apreço, ele enfatiza a grande verdade da bondade de Deus. Ele é a fonte de tudo quanto é bom; a bondade “Vem do alto... do Pai das luzes...” (v. 11). Esta expressão “Pai das luzes” deve ser entendida como referindo-se aos corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas (SI 136.1-9; Jr 31.35). Estas “luzes” variam na duração do dia e da noite, nas fases do crescimento e do desfalecimento, no brilho diferente das estrelas e planetas. Podemos entender Tiago dizendo da variação das luzes, mas o “Pai das luzes’ o Criador, é imutável; nele não há “variação, ou sombra de mudança”(v. 11). Na prática de sua bondade, dando “boas dádivas”, Ele é imutável.
No v.18, Tiago mostra o aprofundamento da bondade de Deus, dando-nos a oportunidade de renascer pela “palavra da verdade".