santo agostinho

O CONCEITO DE SANTO AGOSTINHO

A felicidade é um tema que sempre esteve presente nos questionamentos humanos. Por possuir vontade, o homem anseia a felicidade. Em sua obra A Trindade, Agostinho afirma que “é próprio de todos os homens quererem ser felizes...” E a Filosofia, porque pesquisa as dimensões humanas, tem também como finalidade estudar a busca humana da felicidade. A Sabedoria apresenta-se em Santo Agostinho, como aquela indissociável da Felicidade e do Amor. Nosso objetivo aqui é o de procurar entender como se dá esta união de saber, com posse da verdade que norteia o homem, agindo com caridade para ser feliz.
Essa abordagem se dá, em primeiro lugar, na definição de Felicidade que Agostinho apresenta em seu diálogo com sua mãe, filho e amigos na obra A Vida Feliz, exatamente acerca deste assunto. Nosso intento, primeiramente, é procurar perceber por onde e como o homem agostiniano busca e consegue ser feliz.

POSSE DE DEUS Os grandes filósofos da Antiguidade se dedicaram a abordar este assunto e definir a Filosofia como caminho que conduz à verdadeira Felicidade. Mas a principal dúvida que se nos interpela: o que vem a ser a própria felicidade?
Quais seus frutos e vantagens? Talvez o gozo, a glória para alguns ou a honra, o prazer e os privilégios para outros. É evidente que todos os homens, que por sua vez desejam ser felizes, estão sujeitos aos obstáculos da paixão da vanglória e do orgulho para chegarem à felicidade que almejam. Agostinho, em seu diálogo sobre a Felicidade, já nos primeiros momentos, rompe com a tradição filosófica que afirmara até então que a Filosofia seria o porto da felicidade, afirmando que esta se dá na posse de Deus e só ela produz e garante a verdadeira felicidade.
E por que Santo Agostinho deve acabar com essa noção de que a verdadeira felicidade repousaria na Filosofia? Simplesmente pelo fato de que se felicidade é a posse da Sabedoria e a Filosofia, apenas amiga da Sabedoria, disso decorre que