Paratuberculose
A paratuberculose ou enterite paratuberculosa ou doença de Johne, como também é conhecida é causada pelo Map (Silva, 1990 apud Silva, 2005).
A paratuberculose (doença de Johne) é uma das doenças de maior importância econômica para ruminantes em vários países e pode representar uma ameaça ao desenvolvimento da pecuária brasileira (Mota et al. 2010). Apresenta distribuição mundial, principalmente em países de temperatura temperadas, e também tem sido relatada em países latino americanos (Restrepo et al. 2008).
A doença também tem importância em Saúde pública pela possibilidade do agente etiológico estar ligado a Doença de Crohn em humanos (Carvalho, 2008).
Foi descrita erroneamente como sendo uma forma atípica da tuberculose bovina, isso em 1985.
É uma doença infectocontagiosa que provoca enterocolite granulomatosa crônica, incurável e de difícil controle, cujo agente é o Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (MAP), um bacilo álcool-ácido resistente (Mota et al. 2010), que já foi conhecido como Mycobacterium paratuberculosis e M. johnei.
A Paratuberculose foi descrita pela primeira vez na Alemanha, em 1884 por Johne & Frothingham, enquanto que em 1910, Trowt alcançou o crescimento do Mycobacterium avium subsp paratuberculosis em laboratório e a reprodução da enfermidade em vacas infectadas em condições experimentais (Restrepo et al. 2008).
O primeiro registro de paratuberculose em bovino no país foi feito por Deupont (1915), no Rio de Janeiro. Mais tarde a enfermidade foi descrita nos Estados do Rio de Janeiro (Santos & Silva, 1956, Ferreira et al. 2001 apud Mota et al. 2010), Rio Grande do Sul (Ramos et al. 1986, Driemeier et al. 1999, Gomes et al. 2002 apud Mota et al. 2010), Santa Catarina (Portugal et al. 1979 apud Mota et al. 2010), Minas Gerais (Nakajima et al. 1991 apud Mota et al. 2010), São Paulo (Brautingam et al. 1996, Fonseca et al. 2000 apud Mota