Parasitismo
Os parasitas devem ser analisados não só pelos aspectos patológicos que podem influenciar numa população, mas também estudar suas interações com o ecossistema vigente e os demais relacionados a ele.
Os parasitas são muito mais que agentes portadores de moléstias, como eram designados desde o século XVIII; além de sua importância econômica e social, podem interromper completamente uma seqüência de eventos dentro de vários ecossistemas se sua ausência for provocada.
Os que mereceram maior atenção por parte dos pesquisadores, por motivos tanto endêmicos como econômicos, pertencem ao Filo Platyhelminthes, especificamente as Classes Trematodea e Cestodea. Os trematódeos adultos são parasitas externos ou internos de vertebrados. Partindo da condição turbelária ancestral, apresentam-se menos modificados se comparados às tênias. O corpo oval a alongado é achatado e provido de uma ventosa ou de outros órgãos de fixação.
Os trematódeos são hermafroditas, e os seus sistemas reprodutores estão adaptados à cópula, à fertilização interna, ao desenvolvimento ectolécito e à formação de cascas do ovo.
Tais motivos revelaram-se importantes na adaptação destes organismos ao hábito de parasitar outras espécies e delas tirar todas as substâncias que lhes são imprescindíveis a vida.
Como exemplo podemos citar a relação entre uma fascíola, Dicrocoelium dentriticum, e as formigas. O gado e outros ruminantes apresentam este parasita no seu trato intestinal; não apresentam nenhuma reação ao parasita. O hospedeiro então defeca e suas fezes são ingeridas por moluscos. Após um breve espaço de tempo em que os parasitas começam a migrar para o intestino e depois se instalam na glândula digestiva.
Os parasitas começam a se reproduzir dentro do hospedeiro e mais uma vez migram, só que para a região externa do corpo, tentando passar pela abertura oral do molusco. Pelo fato de causar extremo desconforto para o molusco, este envolve os parasitas em