Parasita
A Estrongiloidíase ou Estrongiloidose é uma doença causada pelo parasita Strongyloides stercoralis e possui maior prevalência em regiões quentes e com bastante umidade. Os nematódeos são encontrados em solo arenoso e podem viver indefinidamente no solo como formas livres. A forma parasita deste verme possui corpo cilíndrico, filiforme, esbranquiçada, com as extremidades afiladas. Na porção anterior encontramos a boca com três pequenos lábios. Possui esôfago estreito e cilíndrico, e mede de 2 a 3 mm de comprimento. Ciclo de vida As fêmeas parasitam o lúmen intestinal, onde produzem assexuadamente numerosos ovos clones. As larvas com 0,3 milímetros saem dos ovos ainda dentro do lúmen intestinal e só depois são expulsas com as fezes. É possível que larvas antes de saírem com as fezes penetrem na mucosa e voltem ao lúmen enquanto formas adultas, um processo denominado autoinfecção, mas em indivíduos imunes a isto na prática não sucede com frequência. As larvas excretadas com as fezes são infecciosas. Porem se tiverem boas condições na terra onde foram depositadas, desenvolvem-se em formas adultas femininas de vida livre alimentando-se de detritos orgânicos. Nessa forma livre podem acasalar com machos, produzindo sexualmente ovos que se desenvolvem em larvas. As larvas descendentes machos continuam a viver livremente na terra, mas as larvas femininas apesar de também serem capazes de sobreviver na terra, se tiverem oportunidade infectam o ser humano. A infecção das larvas fêmeas é por penetração direta. Após invasão de um ser humano, a larva passa para a corrente sanguínea, no lúmen das veias e passando pelo coração vai estabelecer-se no pulmão. Aí alimenta-se até crescer e tornar-se irritante para o órgão, sendo expulsa para a faringe devido a tosse, onde é deglutida, passando ao tracto gastrointestinal. No intestino matura-se na forma adulta, e alimenta-se do bolo alimentar da pessoa, produzindo mais ovos fêmeas por partenogênese.