Paralisia Cerebral
1. Paralisia Cerebral – Caracterização e Abordagem Sobre as Alterações
A paralisia cerebral é uma denominação para um grupo de pessoas com condições caracterizadas por disfunção motora em razão de uma lesão cerebral não-progressiva no início da vida, localizada no encéfalo imaturo. As paralisias podem ser vistas como um contínuo de disfunções, comprometendo as capacidades de aprendizagem ou ocorrendo, ao que se chama de ‘disfunção cerebral-mínima’, onde pode-se encontrar as crianças que pareçam ser ‘desajeitadas’, que são inteligentes, mas têm problemas de aprendizagem específicos. Bobath, em 1.990, descreveu a paralisia como, “uma desordem do movimento e da postura devido à um defeito ou lesão do cérebro imaturo”, “a lesão cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais. Esta deficiência motora central está frequentemente associada a problemas da fala, visão e audição, com vários tipos de distúrbios da percepção, um certo grau de retardo mental e/ou epilepsia.”
No passado, havia uma tendência a encarar os vários tipos de distúrbios motores simplesmente como problemas provenientes da musculatura fraca ou rígida ou mesmo, articulações deformadas. Mesmo que seja verdade que, em casos particulares os problemas mecânicos causados por tais anormalidades devem ser tratados através de procedimentos, como os ortopédicos e terapêuticos, porém isto é apenas parte de um tratamento como um todo. Muitos, ou senão todos os comprometimentos musculares e articulares encontrados nas paralisias cerebrais, tem origem na falta de influências coordenadas do cérebro. Explicando de outra forma, seria como dizer que os mecanismos neurológicos, de postura, equilíbrio e movimento estão desorganizados.
Os princípios de tratamento, são centrados em grande parte, nas especificidades que trás a paralisia, nos casos das crianças, porém para