Parafrase
Um estudo realizado pela universidade Stanford, a universidade que, por ajudar a criar o Vale do Silício, na Califórnia, impulsionou a tecnologia da informação, detectou um novo distúrbio mental: o cérebro de pipoca.
Para alguns psicólogos americanos, esse tipo de disputa produz um efeito colateral: um distúrbio já batizado de “cérebro de pipoca.” Esse problema atinge pessoas que fazem o máximo de tarefas ao mesmo tempo. O resultado são alterações quimicas cerebrais que fazem com que suas vítimas tenham dificuldades em se concentrar em um único assunto e realizar tarefas simples do dia-a-dia.
A principal consequência da falta de foco gerado pelo cérebro de pipoca é o analfabetismo emocional, onde as pessoas tem dificuldade em ler as emoções no rosto e postura na voz de outras pessoas. O professor de psicologia da Universidade de Stanford, Clifford Nass, fez um estudo com jovens viciados na internet. Foram exibidas fotos com diversas expressões e foi solicitado para que os estudantes identificassem as emoções ali expostas. Constatou a dificuldade dos entrevistados. “Relacionamento algo que se aprende lendo as emoções dos outros”, afirma Nass.
Os pesquisadores estão detectando há tempos uma série de distorções, como a compulsão para se manter conectado, semelhante a um vício.
Chegaram a desenvolver um programa com funções que enviam uma mensagem avisando para o amigo onde ele está.
Mesmo sendo um problema causado pelo uso excessivo da internet, o cérebro de pipoca começa no mercado de trabalho. Vemos nos anúncios de emprego uma demanda por pessoas que façam muitas coisas ao mesmo tempo.
Mas o que Nass, o professor de Stanford, entre outros pesquisadores, defende é o contrário. Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro, fica menos funcional. Não sabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabe focar o que é relevante e tem dificuldade de estabelecer