Para Arist teles
Para entendermos bem esta questão, vamos usar dois exemplos: para Aristóteles, coragem é uma virtude. Já atemeridade (podemos chamar de imprudência diante de qualquer perigo) é um vício por excesso e a covardia seria umvício por deficiência. A vaidade é um vício por excesso, e amodéstia, um vício por deficiência. Aristóteles vê no respeiro próprio a virtude, diante da vaidade ou modéstia.
Sobre a boa sorte de alguém, Aristóteles via que os homens podiam ter sentimentos. Quando estes sentimentos eram de moderação, tínhamos a justa apreciação da sorte do nosso conhecido. Mas também nosso sentimento podia descambar para o vício por excesso e tornar-se inveja.
O Que Nós Queremos? :.
O que nós queremos: cidadãos obedientes à lei, qualquer que seja, ou sujeitos éticos, decentes?
O ideal é juntar as duas coisas. Mas, na educação, devemos apostar na autonomia, isto é, na formação de pessoas que sejam capazes de decidir por si próprias. O que significa que, em casos raros e extremos, elas tenham a coragem de enfrentar o consenso social e suportar as conseqüências de seus atos.
Isso, para terminar, pode fazer de qualquer um de nós um pequeno herói. O heroísmo não está só nas personagens da mitologia grega ou nos super-heróis da TV. Ele pode estar presente quando cada um de nós enfrenta uma pequena prepotência, em nome de um valor mais alto - desde, claro, que arque com os resultados de sua ação e que além disso lembre que é falível e pode estar errado. Mas é desses pequenos heroísmos pessoais que depende a dignidade humana."