Paper
Orientador – Profº Valdir Iusif Dainez
Paper - “A Precarização do Mercado de Trabalho Brasileiro na Década de 90”
Houve um aumento substancial na década de 90 do índice de desemprego e conseqüentemente uma precarização nas condições e relações de trabalho brasileiro. O desemprego vem atingindo gravemente todas as classes sociais brasileiras, desde o trabalhador analfabeto ao trabalhador com um grau de instrução mais elevado (até aqueles com o curso superior completo). O alto índice de desemprego no Brasil não pode ser atribuído a fatores internacionais, tecnológicas ou sazonais; sendo que esses fatores podem gerar desemprego, mas não foram os mesmos que desencadearam a desestruturação do mercado de trabalho brasileiro ocorrida na década de 90. O desemprego e a precarização das condições e relacões de trabalho que ocorreram na década de 90, e que tiveram maior ênfase no período do primeiro governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-98), são um fenômeno de amplitude nacional, de extraordinária intensidade e jamais ocorrido na história do país. Em toda a história brasileira, o país jamais conviveu com uma taxa de desemprego tão elevada, a qual levou a deterioração das condições de trabalho, com o rápido crescimento do trabalho temporário, por tempo determinado, sem renda fixa, em tempo parcial, etc. Na década de 90 aumentou substancialmente no Brasil o emprego informal (sem carteira assinada) e a terceirização, sendo estes fatores primordiais para o aumento da precarização das relações de trabalho, pois com o aumento da informalidade o trabalhador não possui nenhum benefício, se por sua vez ficar desemprego. A exclusão social e o excedente de mão-de-obra sempre fizeram parte da sociedade brasileira. Desde os tempos do período escravista convivemos com esta situação que se agrava a cada dia que se passa. (Alonso, 1998, p. 114). Com o fim do período escravista, uma grande massa de ex-escravos e