Papel
Como se faz
O processo começa com o corte das árvores nas áreas de reflorestamento para se obter a celulose, após a remoção dos galhos, as toras de madeira são cortadas em tamanhos apropriados e transportadas para a fábrica. Lá, a madeira é descascada e as cascas removidas são utilizadas para geração de energia, por meio de sua queima. As toras descascadas são lavadas e picadas em cavacos com dimensões específicas, para facilitar a difusão dos reagentes químicos que serão utilizados. Na forma de cavacos, a madeira está pronta para ir para a polpação.
O processo de polpação tem como objetivo facilitar a separação das fibras e melhorar suas propriedades para a fabricação do papel. A polpação pode ser realizada por meio de um processo químico, no qual é retirada da madeira a maior parte da lignina1. Com a utilização desse processo químico, somente 40% a 50% da massa total inicial da madeira é aproveitada.
Existem outros processos, onde a madeira é desfibrada mecanicamente com pouca remoção de seus constituintes. Esses processos levam a um aproveitamento quase total da madeira e, por isso, são chamados de polpações de alto rendimento.
O processo químico de polpação mais utilizado no Brasil é o processo kraft. Na polpação kraft, os cavacos de madeira são submetidos à reação com uma solução contendo hidróxido de sódio e sulfeto de sódio. Isso ocorre dentro de um equipamento chamado de digestor, mantido a altas pressões e temperaturas. Os produtos químicos utilizados reagem com a lignina e á fragmenta em substâncias de baixa massa molar que se modifica na solução alcalina e que podem ser removidas das fibras por várias etapas de lavagem.
A polpa ou pasta celulósica resultante da polpação, que é uma polpa marrom, ainda não é adequada para a produção de alguns tipos de papel, exatamente pela sua coloração escura. Essa coloração é assim, principalmente por causa das pequenas quantidades de lignina que não foram removidas das fibras, que passa a ser chamada