Papel higienico
Consumo de papel higiênico de folha dupla cresce no Brasil, diz pesquisa
Segmento de folha dupla cresceu 21% em 2010 e detém 25% das vendas.
Classes C e D impulsionam vendas de produtos mais caros, diz Nielsen.
Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo imprimir No ano passado, as vendas de papel das chamadas linhas ‘premium’ cresceram 21%, contra uma queda de 2,5% do folha simples.
A sofisticação dos hábitos de consumo do brasileiro chegou ao banheiro. Da mesma forma que o papel higiênico cor-de-rosa desapareceu sem deixar saudade, algo semelhante é observado nas vendas do tradicional papel branco de folha simples, que começa a ser substituído por produtos de melhor qualidade e mais caros.
Segundo dados da Nielsen Brasil, 25% dos 4,708 bilhões de rolos consumidos em 2010 tinham folha dupla e 75% tinham folha simples. Em 2007, a divisão era, respectivamente, 15% e 85%. O segmento de folha dupla só cresce, ao passo que o papel de folha simples vem perdendo espaço nos carrinhos de supermercado.
No ano passado, as vendas de papel das chamadas linhas ‘premium’ cresceram 21%, contra uma queda de 2,5% do folha simples. Em termos de faturamento, o folha dupla já representa 40% das receitas do setor que movimentou R$ 2,804 bilhões - alta de 9,2% em relação a 2009.
Priya Patel, executiva da Neve, que lançou neste ano um papel de folha tripla (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
“Com o aumento do poder aquisitivo, o consumidor passa a buscar produtos mais sofisticados e o brasileiro está disposto a pagar mais para ter uma marca Premium”, diz Priya Patel, diretora de cuidados com a família da Kimberly-Clark, fabricante das marcas Neve e Scott, e líder do mercado com cerca de 25% das vendas.
“A migração de mais pessoas para a classe C tem um peso grande, mas o consumo de folha dupla simboliza status e cresce em todas as classes sociais, nem se for para usar somente no banheiro social”, afirma a executiva. “É um presente