Papel das ONGs para DR
As Organizações Não-Governamentais (ONGs) no mundo surgem aos finais da década de 60/70, denominadas como centros de assessoria à Educação popular, as ONGs surgem no meio de um processo de ditadura e tinham como objectivo a recuperação da capacidade activa do povo. Financiadas frequentemente por agências internacionais, muitas delas ligadas às igrejas (KAMEYAMA, 1997).
As ONGs passaram a desenvolver projectos que visavam ao fortalecimento dos movimentos populares e de actores identificados com a luta pela restauração da democracia no país, muitos autores tendem a interpretar que as ONGs são formadas pela sociedade civil, como resposta a demandas desta para promover mudanças, orientando-se por uma proposta na tentativa de caracterizar um tipo de ONG, que se dedica na temática do desenvolvimento rural, em determinado período sempre se confronta com as diversidades concretas de orientações de suas acções com as distintas redes de interdependências institucionais que são criadas. Propõe-se que o reconhecimento da singularidade da conformação estrutural das ONGs constitui requisito necessário para entender a origem da diversidade concreta de propostas e a capacidade destes agentes em promover mudanças (SCHERERWARREN, 1995).
Nesta abordagem estrutural, as ONGs mostram-se como organização que não detém ampla autonomia, apresenta-se como dependente de outros agentes sociais. Sua existência e actuação dependem genericamente, do estabelecimento de relações com uma instituição doadora e com um público-alvo. Opera, geralmente como mediadora, possibilitando que um grupo (doadores) viabilize um trabalho de apoio à promoção social. Combater a miséria no sector rural e de recuperar os recursos básicos das pequenas propriedades, incentivou elevado número de ONGs a buscar novos tipos de desenvolvimento agrícola e estratégias de gerência de recursos que contando com a participação local (ALTIERE & MASERA 1997).
Praticamente todas as ONGs Moçambicanas foram criadas