Panorama das telecomunicacoes
Setor é estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país, mas ainda enfrenta o desafio de superar o baixo investimento e restrições de acesso a tecnologias
Enviar informações por um território de 8.514 milhões de Km2, colocando em contato mais de 190 milhões de habitantes, e, além disso, gerar riqueza e avanço social, não é tarefa fácil. Depende de um intrincado sistema de tecnologias e investimentos, de infraestrutura física e legislação específica. Assim é o setor de Telecomunicações no Brasil, que envolve segmentos de extrema relevância para o desenvolvimento do país, tais como: telefonia fixa e móvel, acesso à internet, TV por assinatura, serviços de comunicação por rádio, teledifusão, transmissões por satélite, dentre outros.
Dificuldades à parte, o fato é que todos os segmentos das telecomunicações influenciam hoje não só o desenvolvimento e inclusão social do país, mas representam também um setor econômico de peso, que movimenta mais de R$ 180 bilhões por ano, respondendo por aproximadamente 6% do PIB (Produto Interno Bruto).
Um perfil bastante diferente do vivenciado em 1998, ano em que o sistema Telebrás foi privatizado: à época, as telecomunicações eram um setor de R$ 30 bilhões, ou 3,2% do PIB. Desde então os investimentos já somaram R$ 200 bilhões, e giram hoje em torno dos R$ 15 bilhões ao ano apenas no segmento de telefonia, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).
Isso faz do setor, inclusive, um importante gerador de renda e emprego. As atividades ligadas à tecnologia e à comunicação responderam, em 2008, por 35% de toda a receita com serviços no país. Disto, as telecomunicações respondem sozinhas por 60%. O total inclui ainda a atividade dos mercados editorial, audio-visual e de TI (Tecnologias da Informação), segundo apontou o levantamento Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil, do Ipea. O estudo é divido em três volumes, sendo que o