Paises centrais, semiperiferico e perifericos
Presidente criticou guerra cambial feita por países desenvolvidos.
Ela afirmou que desenvolvidos agem de forma 'perversa' com emergentes.
Priscilla MendesDo G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de pacto em prol dos direitos dos trabalhadores nas obras (Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula)
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quinta-feira (1º) a ação dos países desenvolvidos em relação à crise financeira internacional e classificou como "tsunami monetário" a guerra cambial.
"É por isso que nos preocupamos, sim, com esse tsunami monetário que [fazem] os países desenvolvidos que não usam políticas fiscais de ampliação da capacidade de investimento para retomar e sair da crise que estão metidos e que usam, então, despejam, literalmente, despejam US$ 4,7 trilhões no mundo ao ampliar de forma muito, é importante que a gente perceba isso, muito adversa, perversa para o resto dos países, principalmente aqueles em crescimento", afirmou a presidente no discurso da cerimônia de assinatura do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção, que, segundo o Planalto, visa melhorar a vida dos trabalhares nos canteiros de obras do país.
A presidente falou sobre a economia para um público formado principalmente por trabalhadores e afirmou que os países emergentes, como o Brasil, "mostram que eles [desenvolvidos] compensam essa rigidez fiscal com uma política monetária absolutamente inconsequente no ponto de vista do que ela produz sobre os mercados internacionais".
Para Dilma, esses países criam uma "guerra cambial baseada numa política monetária expansionista, que cria situações desiguais".
Em 2011, em uma tentativa de impulsionar o crescimento da economia dos Estados Unidos, o Federal Reserve (BC dos EUA) comprou US$ 2,3 trilhões em títulos de longo prazo no mercado – o que, na prática, significa que esse dinheiro foi