Paisc
Este programa objetiva criar condições para o atendimento à saúde da criança de zero a cinco anos. A ênfase do programa é dada à atenção àquelas crianças consideradas como grupo de risco de adoecer e morrer, visando a reduzir essas condições através da melhoria da qualidade da assistência, tentando aumentar o número de crianças atendidas nos serviços de saúde pertencentes ao Sistema Único de Saúde.
O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Materno-Infantil e em conjunto com outros órgãos nacionais e internacionais, tem avaliado periodicamente o cumprimento das Metas da Cúpula Mundial em Favor da Infância. Dentre essas metas, para o ano de 2000, foi estabelecida a redução da mortalidade infantil, principalmente dos menores de cinco anos, por doenças diarreicas e pelas infecções respiratórias agudas.
Conforme dados da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (1996), algumas ações têm contribuído para a redução das taxas de mortalidade, como o aumento do número de domicílios abastecidos com água, o Programa de Saúde Materno-Infantil, cuja atenção está voltada para o pré-natal, parto e puerpério e as campanhas de vacinação.
Entretanto, constata-se que a redução se deu em partes das áreas urbanas. A área rural e outras também carentes de serviços de atenção primária (saúde, educação e saneamento) permanecem em condições ainda muito precárias. Nessas áreas a mortalidade infantil ainda é muito alta (207 para 1000 nascidos vivos), devido à falta de acompanhamento às mães no pré-natal e durante o parto.
As condições nutricionais infantis também são precárias. A desnutrição provocada pela falta de proteínas e calorias acomete um grande número de crianças, principalmente na região Nordeste, onde em 1996 existia o maior contingente de desnutridos do país. Também a anemia ferro priva, as doenças provocadas pela falta de iodo (bócio) e a carência de vitamina A (cegueira noturna, retardo do crescimento,