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Os planos econômicos tiveram impactos muito fortes na economia, mas nenhum conseguiu conter a inflação da época que era alarmante. O Plano Cruzado por exemplo no início foi um sucesso com o congelamento dos preços e aumento do salário mínimo em 15%, mas acabou causando um consumo acelerado e a economia não conseguia produzir o suficiente, o desabastecimento foi a marca do plano, sem contar com a suspensão do pagamento da dívida externa estabelecendo a moratória no Plano Cruzado II. O plano Bresser que foi um plano provisório, na tentativa de conter a inflação aumentou as tarifas públicas, manteve o congelamento de preços, suspendeu a moratória, mas não teve apoio político, logo em seguida vem o Plano Verão que tira três zeros da moeda muda o nome tentou a desindexação da economia mas não teve sucesso. Para completar veio o Plano Collor que confiscou 80% dos ativos financeiros do pais, voltou o cruzeiro como moeda corrente, demitiu funcionários, privatizou estatais e abriu a economia a competição internacional. O confisco dos ativos financeiros e histórico de corrupção culminaram em um movimento nacional denominado “Os caras pintadas” e renderam ao Presidente Fernando Collor um processo de impeachment (impugnação do mandato). Todos estes planos não conseguiram conter a inflação, quando conseguiam reduzi-la por algum período, ela retornava com mais força. A incapacidade do governo em conter a procura agregada, a não correção dos preços relativos, o déficit público e a desorganização da economia foram fatores relevantes para o fracasso destes planos.

Talvez um dos motivos para o plano real ter dado certo, como disse o próprio Fernando Henrique Cardoso, seria que as condições externas no momento do lançamento do plano eram favoráveis, sem contar com o aprendizado e as experiências adquiridas com os outros planos que fracassaram, sem esquecer que o controle do preço do câmbio, a criação da URV (que alinhou os preços relativos e quebrou a inércia inflacionária), a