Ouvido absoluto
Não é possível falarmos de percepção auditiva sem antes entendermos um pouco sobre a audição.
A audição é o primeiro sentido que o ser humano integra à sua vida. Desde a vida intrauterina já está ativa a audição no bebê, e além disso, o ouvido é o único órgão de sentido que permanece ativo todo o tempo, podendo a pessoa estar dormindo ou não.
Segundo Matias (1999), a partir do 4° mês de vida intrauterina, já há vários sentidos desenvolvidos, inclusive a audição. No início achavam que o útero materno era uma bolha, onde não se poderia escutar nada. Nos últimos anos, surgiram experiências com hidrofones (microfones que funcionam em meio líquido). A conclusão foi de que as conversas de fora, podem ser ouvidas, más atenuadas pela gordura e pelos tecidos da mãe. Os resultados apontaram outra novidade: os sons graves chegam mais fortes que os sons agudos, devido a vibração que ele provoca no meio líquido.
Então, o que seria a percepção auditiva?
Segundo Fornari (S/D), percepção auditiva inicia-se pela audição humana, que trata da captação simultânea pelos dois ouvidos do sinal acústico; as sucessivas ondas de oscilação aproximadamente periódica de compressão e expansão do meio elástico, que é normalmente o ar. Este primeiro estágio da audição traduz a informação de oscilação mecânica em sinais elétricos, através de disparos de potencial neurológico que caminham pelo nervo auditivo ao cérebro. Este processo ocorre continuamente, em tempo real, e se estende no domínio do tempo desde a percepção de eventos sonoros rítmicos, onde estes encontram-se espaçados por intervalos acima da persistência auditiva, até intervalos menores que o período equivalente ao início da percepção tonal.
Dentro do conceito de percepção auditiva, temos a pessoa que possui o ouvido absoluto.
Segundo Veloso e Feitosa (2013), a literatura descreve o Ouvido Absoluto como a capacidade de identificar, nomear ou produzir a frequência de um estímulo tonal sem o auxílio de