Ouvido Absoluto
ABSOLUTAMENTE RELATIVO? RELATIVAMENTE ABSOLUTO?
ENTENDENDO AS NOTAS DA MELODIA
Jose Benedito Viana Gomes flautabrasil@gmail.com Rodrigo Serapião Batalha rodrigobatalha@uol.com.br Orientador: José Nunes Fernandes jonufer@globo.com Resumo
Este artigo busca discutir a relação do entendimento musical de notas musicais, que integram uma melodia, com a capacidade conhecida como ouvido absoluto e com as habilidades pertinentes ao chamado ouvido relativo. Aborda a questão da lógica de compreensão de notas musicais por meio da descrição de uma “capacidade de orientação tonal” dentro da forma diatônica. Entende-se que, em lugar do reconhecimento de alturas fixas, é o reconhecimento dos graus de uma melodia que nos garante a capacidade de entendimento musical. Uma breve revisão bibliográfica de alguns textos pertinentes ao assunto é produzida.
Palavras chave: ouvido absoluto; graus da melodia; educação musical
Abstract
This article aims to discuss the relationship of musical understanding of musical notes, which form a melody, with the ability known as absolute pitch and skills relevant to the call relative pitch. It deals with the logic of understanding of musical notes through the description of a "capacity for tonal orientation" in the diatonic form. It is understood that, instead of the recognition of fixed pitches, is the recognition of degrees of a melody that guarantees us the ability to understand music. A brief review of some texts relevant to the subject is produced.
Key-words: absolute pitch; degrees of melody; music education
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Introdução
Entender musicalmente o som de uma nota em uma melodia equivale a associá-la a uma altura específica (e seu respectivo nome, por exemplo, 440 Hz = La3) ou ao grau da escala sobre a qual se constrói essa melodia?
De acordo com Krumhansl,254
Ao ouvir música, nós não ouvimos sons isolados, em unidades desconectadas, mas sons integrados em padrões. A nossa experiência