O Ouvido Pensante
COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE MÚSICA DISCIPLINA: Percepção Musical 1
Professor (a): Maria Ainda Barroso
Aluno: Ecenilson Dias Barboza
Texto: O PAPA ASSOA O NARIZ EM SOL: O OUVIDO ABSOLUTO
SACKS, Oliver. Alucinações Musicais – Relatos sobre a música e o cérebro. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007. Páginas: 125 -134.
O texto traz consigo uma definição precisa do que representa o tão famoso ouvido absoluto. Por sua vez, todos podem desenvolvê-lo e de forma alguma, é um “fator místico” que apenas os escolhidos podem possuí-lo.
“Embora o ouvido absoluto possa parecer um delicioso sentido extra, que permite ao seu possuidor cantar ou anotar imediatamente qualquer música, ele também pode causar problemas.” Página 126.
Nessa citação o autor mostra e explica certos prejuízos que um músico com o ouvido absoluto apurado pode encontrar, principalmente quando ele lida com instrumentos transpositores, gerando uma confusão no raciocínio. Imaginemos que toda pessoa com ouvido absoluto, possuí a frequência sonora totalmente fixada na mente, e no momento em que ela irá tocar um instrumento transpositor como um sax, ela é submetida a ler na partitura uma notação que automaticamente estará soando outra.
“Transpor música de um tom para outro é uma tarefa que qualquer músico competente faz com facilidade, quase automaticamente. Mas, para a pessoa com ouvido absoluto, cada tom possui caráter único, e o tom em que ela sempre ouviu uma música tende a ser sentido como se fosse o único correto. Para essas pessoas, transpor uma música pode ser análogo a pintar um quadro com todas as cores erradas.” Página 127.
“O ouvido absoluto não é necessariamente fundamental sequer para os músicos –
Mozart o possuía, mas Wagner e Schumann, não.” Página 128.
O autor nos leva a pensar o quão é falho a doutrina que prega o ouvido absoluto como o ápice da grandiosidade musical, pois temos exemplos claros e objetivos de