Otimização
Texto 1 – A origem da secção de ouro
“Segundo a lenda, foi o matemático grego Endoxe que ensaiou a primeira tentativa explicativa pela qual se considera a secção de ouro tão agradável ao olhar. Ele passeava-se com um longo bastão e pedia aos que encontrava para designar nesse bastão o ponto que, segundo eles, fosse mais interessante para dividir. Ficou estupefacto ao constatar que a maioria das pessoas interrogadas escolhia o ponto exacto da secção de ouro. Endoxe prosseguiu os seus estudos matemáticos sobre a proporção divina e descobriu que ela se poderia expressar por uma fórmula que se chama PHI, por causa do artista Phidias (Fídias) que a utilizava correctamente nas suas esculturas. Hoje, chamamos-lhe o Número de Ouro. O geómetra grego Pitágoras também se interessou por tal e foi o primeiro a descobrir que este número é a base das proporções do corpo humano, teoria que provou. Os gregos, no seu conjunto, apropriaram-se desta fórmula, que se pode empregar como base numa infinidade de figuras e desenhos muito belos, como o pentagrama ou a estrela de cinco braços [...]. Apaixonados por esta descoberta, os Gregos fizeram investigações aprofundadas para demonstrar que esta famosa proporção era igualmente a base da maior parte das formas na Natureza, como conchas, flocos de neve, plantas, etc. Todos os artistas gregos – pintores, escultores, ceramistas – estabeleceram as suas obras segundo o princípio do Número de Ouro; mas é na arquitectura que ele encontra o seu total desenvolvimento: o Pártenon de Atenas é talvez o mais belo exemplo desta perfeição matemática na obra artística.”
Fred Gettings, “Art, magie et ses merveilles”, Un grand livre d’or, Édition des deux cops d’or, 1964.
O templo grego
O templo grego foi e continua a ser o exemplo máximo da arquitectura grega e tem, no século V a.C., no Pártenon e em Atena Niké, o encontro exemplar entre o racionalismo, o antropocêntrismo e o idealismo