osório
Início
Ana de Castro Osório nasceu no distrito de Viseu, em Mangualde, a 18 de Junho de 1872, ela era filha do juiz João Baptista de Castro e de Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque.
Foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, jornalista, pedagoga, feminista e ativista republicana portuguesa. Foi pioneira em Portugal na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres e escreveu, em 1905 o livro Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista português.
Foi membro da obediência maçónica Grande Oriente Lusitana.
Faleceu em Setúbal a 23 de Março de 1935 com 62 anos de idade.
Vida
Ana de Castro Osório provinha de uma família nobre e de um ambiente culturalmente privilegiado. Ela viveu a sua infância e praticamente toda a sua adolescência na sua terra natal, Mangualde, mas aos 23 anos de idade, em 1895, foi viver com a sua família para Setúbal onde iniciou a sua carreira literária e politica apoiada pelos seus pais.
É ai que começa a escrever a sua primeira obra dirigida para crianças, publicada em 18 volumes, onde são relatados contos baseados nas histórias orais que lhe eram transmitidos em criança por um pastor e uma velha rendeira e também nos contos tradicionais que recolhera por todo o país.
Todos os seus livros foram influenciados pelo ambiente cultural, histórico e socioeconómico em que ela cresceu, escrevendo desde das histórias populares portuguesas, às narrativas doutrinárias e educativas, aos contos originais, às peças de teatro e à poesia que publicou. Ana de castro Osório foi a criadora da literatura infanto-juvenil em Portugal e além de escrever obras também traduzia vários contos de atores estrangeiros, como os irmãos Grimm, C. Perrault, H. C. Andersen, Rosália Hoch, A. Stein e Ireida Schuette.
No dia 10 de março de 1898 casou em Setúbal com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, um poeta, jornalista, também editor e membro do Partido Republicano que dedicou a sua vida