Escrever-e-preciso-mario-osorio-marques
No entanto, nossos alunos não foram preparados para adentrar nessa fluidez. Ao longo de todo seu processo formativo ficaram amarrados às práticas repetitivas, ao que os autores dizem em seus livros e artigos (as famosas resenhas e resumos!), que acabam sendo, na maioria das vezes cópias das ideias desses autores. Onde fica a autoria de nossos alunos? Quando solicitados a escrever uma reflexão sobre uma ideia, uma questão polêmica, um conceito, um fato, não conseguem se desprender dessas amarras históricas, ou então, o máximo que conseguem é um pequeno parágrafo, muito tímido, que expressa mais o medo de se mostrar e se deixar perceber pelo outro do que as ideias, os argumentos, as relações que constroi.
Considero essa limitação problemática nos alunos de graduação, mas mais ainda nos alunos de pós-graduação, pois têm pela frente a escrita de uma dissertação ou de uma tese - como escrevê-las se ainda estão amarrados aos autores que lêem? Como se desvincular deles para transformar a escrita num ato inaugural e no princípio da pesquisa? Estamos investindo nisso - um grande desafio pela frente!
Sugiro a todos a leitura do livro de Mario Osorio Marques
Publicado em 5 de Abril de 2011, por Maria Helena Bonilla - Um comentário - Adaptado
Fonte: http://redesocial.unifreire.org/bonilla/blog/escrever-e-preciso
Posted 27th April by Helena
Resenha Do Livro Escrever É Preciso
LIVRO ESCREVER É PRECISOUNIVERSIDADE